Juazeiro do Norte é considerada uma das maiores expoentes de manifestação cultural do Brasil, motivada por ser um grande centro de religiosidade popular , graças à figura do Padre Cícero.
O artesanato é uma das suas principais atividades econômicas e surgiu ainda na época do sacerdote, que era um incentivador da atividade que garantiria trabalho e renda para os habitantes.
Muitos artesãos buscam inspiração nos grandes personagens da cultura local e regional como Padre Cícero e Lampião, no próprio sertanejo ou representando as tradições, seja nas festividades religiosas, como também nas danças (reisado, lapinha, etc).
Na arte, diversificam peças em madeira, palha, couro, barro, ferro, gesso e até mesmo a literatura de cordel que dá força à xilogravura. Tudo isso fruto da criatividade, com a imaginação de cada artista retratando a realidade do Juazeiro feita por gente inteligente.
Racar nasceu nesse contexto e assina suas obras com esse nome, pois seu nome completo é Raimundo Caetano Rodrigues. Nascido em 1966, trabalhou em fazendas e como ajudante de pedreiro. “Onde eu morava tinha uma pessoa que esculpia na madeira.
Eu sabia que existia esse fazer, mas não sabia que podia ser um profissional. Um dia, vi um amigo trabalhando. Peguei a ferramenta e fiz uma peça. Isso foi em 1987 e a peça que esculpi foi um São Sebastião. Daí em diante, passei a trabalhar só com isso. Faço várias formas, mas gosto de esculpir as coisas da terra, o nosso folclore. A minha vida hoje é menos sofrida. Trabalho só para mim, não trabalho mais para ninguém.”
Raimundo trabalha em casa e na Associação dos Artesãos Padre Cícero, onde passa a maior parte do tempo.
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